15.7.11

Abobrinhas Minhas

Me deu uma vontade absurda e repentina de escrever, então resolvi não perder tempo e correr pra cá antes que os pensamentos me escapem, como vem acontecendo com frequencia ultimamente, e confesso que estou rezando muito para que ninguém apareça para atrapalhar a chuva de pensamentos que me abateram neste momento, não consegui... calma!
Bem, voltando (já com o pensamento meio atordoado devido à interrupção)... estava pensando em como tenho tido "relacionamentos superficiais" ultimamente. E não, nem sempre eles envolvem contato físico. Na verdade, raramente envolvem isso. Mas relacionamentos superficias para mim são aquelas paquerinhas que hoje em dia com a internet ficam muito mais frequentes e acessíveis. Enfim, acho que vocês entenderam. Pois bem, estava aqui pensando em como esses "relacionamentos" além de superficiais são descartáveis. Eles massageiam o ego (afinal, quem não gosta de ser elogiado, cobiçado e desejado - se esses dois últimos não forem a mesma coisa), e por vezes nos fazem suspirar mais fundo. Eu sou bem chegada nessas emoções passageiras, nesse frio na barriga, nesse fogo-de-palha. Sabe qual o problema? É que dura muito pouco. Logo logo os "relacionamentos superficiais" começam a pesar, os papos vão ficando mais sérios e chega em um ponto que ou se dá um passo a frente ou se sai da estrada. Normalmente, eu saio.
Não é por nada, mas quando o negócio é superficial, eu tenho pra mim que tem que ser leve, gostoso, emocionante. Tem que durar enquanto houver frio na barriga, e esse frio for bom. Quando começa a ficar pesado, eu saio fora MESMO. Porque se é pra pesar, o negócio se aprofunda, e a intenção não é essa, pelo menos não por enquanto. Mesmo porque, quando é pra aprofundar, a gente não tem que sentir, é aquele de repente você se ver perdido em meio a pensamentos, um encantamento que mesmo profundo, te faz sentir flutuando, com borboletas no estômago. Por isso que eu continuo pensando assim: Não pode pesar e se pesar, tô fora! Não quero DR com quem não tenho o R, não quero satisfação de quem não me importa, não quero problema se nem tenho uma calculadora comigo.
Queremos a mesma coisa? Ótimo! Os interesses começaram a conflitar? Hasta la vista. Estou mimada, preocupada demais com minhas próprias vontades, com meus próprios sonhos e se você não serve pura e simplesmente para satisfazê-los, seja bonzinho e ceda o lugar para o próximo da fila sem que eu precise chamar a segurança para te retirar do recinto. Isso é ser leviana? Eu não concordo, mas também não me importo muito com o que vão pensar. Me preocupo sim é com o que eu sinto por dentro, com o que ninguém consegue julgar porque está muito além do alcance dos olhos (e quiçá da imaginação). Sabe aquela música dos Tribalistas que diz "Eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também"? Então, é mais ou menos por aí! Pra quem tem mais de 2 neurônios funcionando, há de se saber que não estou falando de promiscuidade, de sair por aí estilo metralhadora em micareta, beijando qualquer um e se entregando para o primeiro que passar. Mas estou falando de se divertir na paquera, de curtir os momentos de "descoberta", mesmo porque conforme a gente vai amadurecendo, vai ficando mais exigente e aí, meu amigo... qualquer frase mal colocada já pode ser um basta. Eu funciono assim! Se não gostei do jeito que o cara fala com a mãe no telefone ou que escreve no MSN, já é o suficiente pra levantar o dedinho pro garçom e pedir: "PRÓXIMO".
Se este post ficar com um tom feminista demais, me desculpem, não foi a intenção mesmo! Mas é que tem umas coisas que se eu não falar, explodem aqui dentro do peito e eu que fico sentindo a dor depois... No entanto, não é excesso de independência, feminismo ou por libertinagem que raciocino desta forma. Mas talvez amor próprio aguçado e essa mania exagerada de colocar a felicidade a frente de qualquer conveniência social.

PS: Como todo ser humano que se preze, também tenho meus pontos fracos (inúmeros, por sinal) e também traio meus pensamentos e convicções por vezes. Confesso que às vezes mergulho em uma ilusão, um "nunca será" que me atordoa e me faz ir contra todos os pensamentos de independência que normalmente funcionam muito bem. Dizem que todo mundo é viciado em alguma coisa, acho que descobri o meu vício. Mas isso é assunto pra outro post. Por enquanto, aproveito a chuva de Caio Fernando Abreu na minha vida, que me inspira a escrever e me envergonha ao mesmo tempo. Por isso, perdoem-me se houverem muitos erros de digitação, gramática ou concordância, é que depois que descobri esse cara, não tenho mais coragem de ler nada que escrevo, só jogo meus pensamentos aqui como quando a gente carrega por certo tempo uma mochila muito pesada e finalmente consegue tirá-la das costas, sabe?! Acho que é isso...

Um comentário:

  1. Gente! Cada vez que leio um texto seu, descubro algo novo e valha! Apaixono-me novamente! Prendo-me aos teus textos de forma incrível, amo o jeito como você explicita esses "sentimentos", e como você mesmo disse em algum outro post: "me lembrei o quanto os momentos mais simples e humildes são os que mais importam." - e vim aqui ler um pouco suas palavras tornam um 'momentozinho' mto especial. Amo esse cantinho aqui!

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Amiiiiiiigo, hein?! Pega leve aí... rs

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