3.11.10

Críticas e Intrigas

Quando falam pra você de fofoca, o que vem à sua mente em primeiro lugar? Bem, se tivesse me perguntado isso uns 2 anos atrás, eu te diria que imaginava as Donas Clotilde e Florinda, na Vila do Chaves, uma com uma trouxa de roupas à beira do tanque e a outra com uma vassoura ou um rodo na mão, variando entre encaixadas de mãos na cintura e frases do tipo: "Menina, você viu o vestido que fulana usou na festa da Vizinhança ontem? Dizem que foi o amante, marido de Ciclana que deu de presente" - "Juraaaaa? Gente, tá explicado então porque Ciclana agora só anda mal vestida, o marido tá gastando o dinheiro todo na hora extra"... rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs
Pois é, essa ERA a minha visão de fofoca antigamente. Praticamente sempre mulheres (ou gays) falando da vida dos outros (basicamente de roupas, bens materiais ou do comportamento dos indivíduos). Mas agora tenho uma visão diferente. Pergunte-me "Cintia, qual a materialização de fofoca pra você?" e eu te reponderei, sem dúvidas do que estou falando: "Três ou quatro peões desocupados, de galo (expressão usada aqui no trabalho pra descrever aqueles momentos que o pessoal dá uma fugidinha estratégica do trabalho pra não fazer nada, ou melhor, fazer fofoca) com todos os assuntos sobre o trabalho já esgotados, precisando de alguma coisa pra falar. Adicione a essa mistura um deles (já é o suficiente) com raiva da empresa, de algum colega de trabalho que seja e pronto! Mistura pronta, é só se deliciar com as maldades inimagináveis que eles são capazes de falar (tenho certeza que muito mais do que as Donas da Vila do Chaves, viu?!).
É o que sempre acontece aqui. Basta alguém bem intrigueiro se estranhar com uma pessoa que essa pessoa está na boca do povo. Neste momento sei com tanta certeza quanto que tenho 10 dedos nas mãos que estão reunidos os Comensais da Morte e a bola da vez sou eu (mais uma vez, lálálálá - Momento Jota Quest, pra distrair). E por quê? Ah, porque sempre que algo acontece errado, alguém tem que ser culpado, mas fofoqueiro é maldoso mas não é burro (pelo menos não nesse ponto que vou explicar), a culpa nunca vai ser de alguém que possa agir contra ele, né?! Imagina. Mesmo porque fofoqueiro costuma ladrar muito quando está de noite, no escuro e em grupo pra não reconhecermos o timbre do latido entre os outros...

Se é covardia, se é maldade, injustiça ou apenas cultura, eu nem me interesso mais. Se tem uma coisa que eu aprendi (e continuo a aprender aqui) é a lidar com as pessoas e ignorar as coisas que não podem me atingir. Ah, e mais importante, me precaver pra que nunca seja posto em dúvida o meu trabalho. Aprendi que não estou aqui para ser amiguinha dos meus colegas de trabalho (mesmo porque colega de trabalho não é amigo, o que a gente pode é ter amigos que são colegas de trabalho... enfim!) nem pra buscar simpatia de todos. Aprendi na verdade que quanto mais dedicado ao seu trabalho você for, mais os que não gostam tanto assim de pegar no pesado vão se incomodar e se afastar de você. Eu lido com muita gente "esperta" aqui, é o lugar perfeito para o "Venha a Nós" e o "Ao Vosso Reino" que se exploda. Bem, aprendi a lidar com isso também.
Faço a minha parte (e nada além só pra agradar "os caléguinhas") e me calço caso queiram me culpar por coisas que nem sequer cabem a mim. Meu compromisso é com minhas tarefas e minha obrigação é cumprí-las. Enquanto esta parte estiver bem-sucedida, deixa o pessoal se reunir e falar, falar... O que for de verdade, vigora. E acrescento, o que não for, a gente ignora!
 Conselho de amigo? Cague e ande (só não precisa ser literalmente, amigos, ok?!) rs

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Amiiiiiiigo, hein?! Pega leve aí... rs

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