4.10.10

Politicamente Correta

Estava conversando alguns minutos atrás com um ex professor de Inglês que vive fora do país pelo orkut. Já que tinha feito o apelo pelo blog e muita gente me procurou para discutir sobre meu "Não vote na Dilma" no final de um post, achei bacana transcrever a conversa aqui. Teacher, assim é como vou chamá-lo (pois ele acompanha o blog e eu não pedi permissão para citar nossa conversa aqui... rs).

Teacher diz: "Não gosto de Dilma, mas Serra me apavora ao ponto de me fazer bater na madeira por algumas semanas."
Cíntia Echel: Eu sinto algo parecido, mas por ela! E o pior, não pude votar no primeiro turno porque estava embarcada, mas no segundo estarei em terra (infelizmente). Vou justificar, não quero participar da cagada q eu nem ajudei a começar...
 
Teacher: Eu fico preocupado. Por mais que eu discorde de muitas coisas da Dilma (a ponto de não achar ela, nem mesmo Lula, o que eu chamaria de bom político), a bagagem liberal e preconceituosa do Serra que há tanto tempo empacou o Brasil me causa arrepios. Tava vendo os colunistas da Veja - q define bem o perfil do Serra - online e os caras me dão nojo. Tipo de discurso falando indiretamente de "gentinha", "povão", de "bolsa vagabundo isso ou aquilo"...acho isso preocupante: que olhem só pra parte bem-sucedida dos EUA como modelo de país desenvolvido e quererem fazer o mesmo no BR. Estamos mto mal parados, esse é o maior problema.
Cíntia Echel: Concordo com tudo o que é dito do Serra, mas se pararmos para analisar, o que seria Dilma na presidência? Bem, tiro pelos debates que vi semana passada, pra ser breve. Eu enxerguei um fantoche descarado que nem coube direito na fantasia. Meu maior medo com relação a ela não é que ela seja um fantoche (com isso já convivemos por 8 anos, daria pra suportar mais um pouco), o problema é que no discurso dela notei vários indícios de que esse fantoche na verdade é um lobo na pele de cordeiro, capaz e disposto a se livrar da fantasia logo que "sentar na cadeira do poder" (como ela mesma disse, estilo Mun Há) e se volte contra a política que vem sendo adotada por seu partido. Acho que ela seria capaz de fazer isso sim, pois não é tão "branda" quanto está parecendo ser. Estamos entre a cruz e a espada mesmo! Sorte sua não viver no Brasil, viu?! E pra gente aqui, por enquanto, sorte de não morarmos na Venezuela ou na Bolívia.

Senti saudade como o Renato Russo: de tudo que eu ainda não vi! Uma política onde as pessoas não fossem às urnas apenas por obrigação (porque não dá pra abrir crediário nas Casas Bahia se o título estiver com "pobleminha"), que as que fossem o fizessem com esperança naqueles que estão sendo votados (e não porque eles prometeram pagar 60 reais, como uma amiga até bem estudada e com emprego fixo me contou que ia fazer ontem) e principalmente que ainda existisse a diferença entre partidos de direita e esquerda, bons e maus e sinceros e mentirosos. Onde política fosse sinônimo de governo, de luta, de pensamento coletivo, de melhoria, de qualquer coisa em prol do coletivo e não de corrupção e egoísmo, como tem sido ultimamente.

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Amiiiiiiigo, hein?! Pega leve aí... rs

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